Autoconhecimento, serenidade e o caminho franciscano da simplicidade Há quem passe a vida procurando paz no barulho do mundo —nos lugares certos, nas pessoas certas, nos acontecimentos certos. Mas a verdadeira paz, aquela que sustenta a alma nas tempestades, não chega de fora; ela floresce de dentro. E só nasce onde há silêncio interior , autoconhecimento  e serenidade . 🌿 A inquietação que carregamos Vivemos em um tempo apressado, onde a mente corre mais rápido que os pés.

O Advento está prestes a começar. Este é o momento ideal para abrir o coração e trilhar o caminho que nos conduz ao presépio de Belém. Diante dele, somos convidados a adorar em silêncio o Deus Menino em sua pobreza, pequenez e fragilidade. Essa é a atitude mais fecunda para contemplarmos o mistério da Encarnação. Recordo, neste instante, as belas palavras do teólogo brasileiro Leonardo Boff: “Toda criança quer ser homem. Todo homem quer ser rei. Todo rei quer ser Deus. Só Deu

Minha primeira amiga não foi uma pessoa. Ela se chamava Juli. Na verdade, era uma cachorrinha que minha irmã ganhou pouco antes de eu nascer. Quando cheguei em casa pela primeira vez, lá estava ela, como se já esperasse por mim desde sempre. Juli era pura alegria. Tinha energia de sobra, olhar curioso e um coração que parecia entender tudo o que se passava à sua volta. Estava sempre por perto: nas brincadeiras, nas tardes de sol, nos momentos de silêncio. Bastava alguém chega

Humildade, simplicidade e paz interior como caminho de cura e verdade Reflexão espiritual sobre desapego, humildade, simplicidade e paz interior na espiritualidade franciscana. Uma meditação sobre alegria, cura da alma e o ato de servir, com inspiração em Jesus e Francisco de Assis. Vivemos em um mundo que insiste em nos convencer de que a felicidade está sempre um pouco além . Além do próximo salário, da próxima conquista, da próxima viagem, do próximo elogio. Mas… e se a fe

Meu primeiro amigo não foi um humano, foi um cachorro. Ganhei o Fredy  quando tinha apenas um ano de idade. Desde então, ele se tornou minha sombra: estava presente em todas as brincadeiras, nas bagunças, nos choros e nas risadas. Bastava eu me sentar no chão que ele já vinha, balançando o rabo, pedindo carinho. Crescemos juntos, como se nossos corações batessem no mesmo compasso. Entre as nossas brincadeiras, a preferida era jogar bola. Embora o jogo logo se transformasse em

Perseverança, fé e a luz do conhecimento que dissipa a ignorância Reflexão espiritual sobre esperança e perseverança nas dificuldades, com inspiração em Santa Catarina de Alexandria, padroeira dos estudantes e filósofos. Descubra como a luz da fé e do conhecimento dissipa as sombras interiores. Há momentos em que a vida parece cobrir-se de nuvens densas.Sombras de medo, incerteza, cansaço, injustiça ou silêncio.Sombras que tentam convencer a alma de que a luz se apagou. Mas a

Dona Odete era uma senhora solitária que morava na mesma casa havia mais de cinquenta anos. O relógio da parede já não marcava as horas certas, mas, afinal, quem se importa com o relógio quando o tempo passa devagar? Os vizinhos, curiosos, diziam que a velha passava os dias mergulhada em livros, viajando por histórias sem fim. Entretanto, a verdade era bem outra. Dona Odete costumava afirmar, com um sorriso maroto:— Livros são histórias para juntar poeira e enfeitar estantes

Por muito tempo, fui um homem de gente. De vozes, de agendas, de reuniões, de abraços públicos e sorrisos protocolares. Um ser que respirava a rua porque nela estava a sobrevivência — e, talvez, também a necessidade de ser visto. Mas algo mudou.Não assim, de repente, como quem abre um portão velho.Mudou silenciosamente, como muda a estação: sem alarde, sem anúncio, apenas acontecendo. Um dia percebi que os “Joões” e “Marias” do cotidiano haviam dado lugar a outros mestres — m

Diante de tantas situações limites, situações catastróficas, situações de fragilidades o Papa Francisco propôs ao mundo a “revolução da ternura”. A revolução tão almeja por Francisco tem uma sólida base humana e espiritual. Ela tem como epicentro o coração humano. Como é bom recordar as palavras de Francisco: Ternura “ é o amor que se faz próximo e concreto. É um movimento que parte do coração e que chega aos olhos, aos ouvidos e mãos. A ternura é usar os olhos para ver o out