As nuvens claras são poesia em movimento, dançando pelo céu como mensageiras de tempos melhores. Para os povos antigos, elas eram muito mais que fenômenos meteorológicos; eram símbolos de paz, sinais do divino e guias de um caminho seguro. O céu límpido não era apenas contemplado, mas sentido como um reflexo da alma em harmonia.
Hoje, em meio à pressa que consome os dias e ao barulho que preenche o vazio, as nuvens claras ainda nos chamam. Com sua serenidade, elas sussurram ao coração para que paremos, respiremos e redescubramos o valor da pausa. No entanto, nem sempre é fácil. Às vezes, mesmo sob um céu brilhante, nossos olhares permanecem turvos, incapazes de enxergar a clareza que tanto buscamos.
Será que as nuvens claras vêm apenas para prometer dias de sol? Ou seriam lembretes de que a paz verdadeira nasce da paciência e do silêncio interior? Afinal, a calmaria do exterior não dissolve automaticamente as tempestades que carregamos por dentro.
Nessas horas, as nuvens tornam-se metáforas vivas, chamando-nos à jornada mais desafiadora: aquela de olhar para dentro. Elas nos lembram que, assim como o céu, o coração também precisa de espaço para dissipar seus próprios nevoeiros.
O que ainda turva sua visão? Será que é o medo, a dúvida ou simplesmente a pressa? Seja o que for, as nuvens claras estão ali, pairando silenciosamente, como se esperassem que finalmente levantemos os olhos e aceitemos o convite para contemplar, refletir e recomeçar.
Que possamos aprender com elas. E que, mesmo quando o horizonte parecer obscuro, tenhamos a coragem de continuar olhando para o alto, confiando que a clareza – como as nuvens – também sabe a hora de chegar.
🙏 Um Sonhador, Caminhando com Francisco
Ótima reflexão.