Liderar é mais do que apenas comandar; é uma arte que exige visão, empatia e humildade. James Hunter, em O Monge e o Executivo, nos lembra que "a verdadeira autoridade é baseada no serviço e no sacrifício." Assim como Francisco de Assis, que liderava com o exemplo e não com a imposição, o verdadeiro líder deve ser um servo do povo, guiando pelo respeito ao próximo e pela simplicidade de suas ações.
Anselm Grün, em A Sabedoria dos Monges na Arte de Liderar Pessoas, nos ensina que "o líder que se conhece e se aceita na sua simplicidade é capaz de guiar os outros com maior profundidade".
Francisco exemplificou essa sabedoria ao viver de forma despojada, sem apego às posses ou ao poder, sempre atento às necessidades dos outros. Ele compreendia que a verdadeira liderança brota da obediência àquilo que é maior do que si mesmo — à comunidade, à natureza e a Deus.
César Romão, em Lições de Liderança de Jesus, também destaca: "Liderar é servir, é ter a capacidade de colocar o outro em primeiro lugar, seguindo o exemplo de Jesus."
Francisco, assim como Jesus, nos mostrou que o respeito e a simplicidade são essenciais para qualquer líder que deseja transformar o mundo. Ele era obediente às suas crenças e respeitoso com todos, enxergando em cada ser humano a imagem do Criador, promovendo a paz e a igualdade.
Contudo, vivemos tempos de líderes que, cegos pelo poder, esquecem-se dessa essência. Buscam apenas agradar suas bases, ignorando o sofrimento dos mais vulneráveis.
Líderes de verdade olham para o todo e não apenas para suas ambições pessoais. Anselm Grün nos alerta que "o líder que busca poder pelo poder se perde; já o que serve com humildade se torna um verdadeiro pastor."
A escolha de nossos líderes define o rumo de nossa história. O que estamos priorizando em nossas escolhas?
Francisco nos convida a refletir: será que temos escolhido líderes que, como ele, praticam a simplicidade e o serviço, ou estamos presos a promessas vazias e discursos moralistas? Precisamos mais do que nunca de líderes que sirvam, que respeitem, e que tenham a simplicidade como guia.
Cuidado com aqueles que "metralham formiguinhas", como nos adverte César Romão, distraindo-nos com pequenos feitos, enquanto ignoram o "elefante" da injustiça e da desigualdade.
Líderes assim perpetuam a pobreza e a divisão, permitindo que a injustiça seja normalizada por discursos que culpam as vítimas e isentam os verdadeiros responsáveis.
Como Francisco, é preciso que cada um de nós faça escolhas sábias.
Que tipo de liderança queremos seguir? Uma que valoriza o respeito e o serviço, ou uma que se blinda no egoísmo? Estamos optando por líderes que pensam no bem comum ou que se prendem ao poder e ao ego?
A liderança de Francisco de Assis é um convite à simplicidade, à obediência e ao respeito. Que possamos refletir:
O que é um verdadeiro líder? Estamos buscando servir ao coletivo ou a interesses pessoais?
Quais são as qualidades essenciais para liderar com humildade?
Como podemos identificar líderes que realmente promovem a transformação social?
🙏 Um Sonhador Caminhando com Francisco
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