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O Fardo e a Escolha: Reflexões sobre Consciência e Cidadania

Foto do escritor: caminhandocomfrancisco.com/ caminhandocomfrancisco.com/

Em meio às pressões da vida moderna, muitos se perguntam: de quem é o fardo que pesa sobre nossos ombros?

Será ele fruto das nossas próprias escolhas ou resultado das influências que permitimos dominar nossas vidas? Talvez seja uma combinação de ambos, mas uma coisa é certa: cada um carrega aquilo que a vida lhe deu e aquilo que escolheu suportar.

Se olharmos para tempos mais distantes, quando o acesso à educação era limitado e as igrejas ficavam longe dos corações e mentes, o fardo de viver parecia ser carregado com ainda mais dificuldade.

E, no entanto, a figura de Jesus, com seu exemplo de amor e compaixão, nos lembra de que o fardo pode ser suavizado, desde que o enfrentemos com consciência e fé. Ele não fugiu de suas responsabilidades; em vez disso, abraçou-as, até o ponto de sacrifício.

Mas temos o livre arbítrio, não é? E ele nos ensina que "plantamos o que colhemos." Nossas escolhas de hoje moldam nosso futuro, e é na consciência dessa verdade que reside nossa verdadeira responsabilidade.

Podemos escolher um caminho que beneficie apenas a nós mesmos ou optar por um olhar mais amplo, considerando o bem comum, a coletividade.

Nos tempos de eleições, isso ganha uma importância ainda maior. É fácil nos eximirmos da responsabilidade, transferindo o peso para os líderes, para a cidade, para o governo.

Mas, como dizia Santo Agostinho, as irmãs da esperança são a indignação e a coragem. Indignar-se com os erros e com a superficialidade é um ato de consciência, mas é a coragem que nos move a olhar além dos interesses pessoais.

A mudança da humanidade não é uma tarefa simples, se fosse, talvez Jesus tivesse escolhido permanecer entre nós por mais tempo.

Amanhã, porém, temos a chance de refletir. Decidir se continuaremos olhando apenas para o próprio umbigo, confortavelmente, ou se vamos assumir o peso da cidadania, da coletividade, do bem comum.

Afinal, a cidade não é só do Prefeito ou dos Vereadores. Ela é nossa, de todos nós, e as escolhas de amanhã vão ressoar nos próximos quatro anos – e talvez, em nós mesmos.


Um Sonhador Caminhando com Francisco - Escritor do blog https://www.caminhandocomfrancisco.com/

 

 

 

 

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